A Chapada dos Veadeiros é cada vez mais um destino preferido pela população LGBTQIA+. A escolha faz sentido.

Pousadas, bares e restaurantes se empenham em receber bem esse público. A Chapada é conhecida como lugar de diversidade. E esse segmento de turismo tende a crescer, em todo o Brasil. E na Chapada não é diferente.
Há um esforço do setor de turismo local contra qualquer forma de discriminação. Essa atitude colabora para a Chapada a se tornar uma referência para turistas LGBTQIA+.
O Brasil é um importante destino para viajantes LGBTQIA+. Em 2024, o país conquistou reconhecimento na 3ª edição do Prêmio Viaja Bi. Foram quatro destinos brasileiros entre os 16 melhores do mundo: São Paulo (SP), Bonito (MS), Chapada Diamantina (BA) e Jalapão (TO).

“Queremos que a Chapada dos Veadeiros ocupe lugar de destaque na cena turística LGBTQIA+. Além dos cenários deslumbrantes, temos excelentes serviços de hospedagem, gastronomia, aventura, e claro, baladas que garantem a diversão também à noite”, disse Heverton Gomes, da Pariká Pousada e Bistrô.
A Pariká Pousada e Bistrô, em Alto Paraíso de Goiás, é um dos poucos hotéis locais voltados aos turistas LGBTQIA+. A pousada une boas acomodações a um bistrô, que agrega comodidade aos visitantes. A comida do lugar recebe excelentes comentários e reviews. O café da manhã traz sempre novidades com sucos, iogurte e pães feitos na casa.
Orgulho
A Pariká Pousada conquistou a Proud Certification, um tipo de reconhecimento público feito pela Booking.com para meios de hospedagem que se destacam pelo respeito à diversidade de gênero. A equipe da Pariká Pousada fez um treinamento junto à Booking.com para obter o certificado.
“Os casais LGBTQIA+ já nos procuravam, organicamente. Agora estamos ainda mais focados e conectados a esse público, que demostra muita sensibilidade para com o lugar. São pessoas que procuram se conectar a natureza e o bem-estar físico e mental sem renunciar ao conforto”, explica Jaime Gesisky, um dos idealizadores da pousada Pariká.
Ele define a pousada como um lugar intimista, com poucas acomodações e atendimento exclusivo para quem procura descanso em meio à natureza com o conforto na medida certa.

Quando ir à Chapada
A região da Chapada dos Veadeiros é marcada por duas estações bem distintas: o período de chuvas, que normalmente vai de novembro a março, e a seca, de abril a outubro.

Ambas as estações têm suas belezas. Nas chuvas, a vegetação explode de verde, e o Cerrado mostra sua face mais exuberante. Os rios ficam cheios, e as cachoeiras ganham força.
Na seca, a paisagem se veste de cores amarelo, sépia, cinza. Em compensação, os rios e cachoeiras ficam bem mais seguros, a água não é tão fria e há garantia de passeio todo dia. O Sol é companhia certeira na estação. A seca requer cuidados especiais, principalmente quanto à hidratação. Seja na seca ou nas chuvas, é sempre bom ter o apoio dos guias locais.
Como chegar
A Chapada dos Veadeiros fica no noroeste do estado de Goiás, a 230 Km de Brasília e 430 Km de Goiânia. Para explorar a região, o visitante pode optar por Alto Paraíso de Goiás – onde fica a Pousada Pariká – ou na Vila de São Jorge, colada no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Outra opção é o município de Cavalcante, onde fica o maior território quilombola do Brasil, do povo Kalunga.

O aeroporto de Brasília é ideal para quem vem de outros estados. A partir da capital federal, pode-se ir de ônibus até Alto Paraíso ou alugar um carro para pegar a estrada até a Chapada dos Veadeiros. Para quem está em Goiânia, a distância é de 425 km.
Quem quer ir de carro para a Chapada dos Veadeiros deve sair de Brasília pela BR-020 no sentido Sobradinho e Planaltina (DF), e depois pegar a GO-118.
O trajeto para Alto Paraíso, São Jorge e Cavalcante é asfaltado. Atenção, pois a região não é servida por transporte público, mas há aplicativos de transporte privativo. Algumas agências e guias de turismo dispõem de veículos.
Um dia no parque
Na Vila de São Jorge, um distrito de Alto Paraíso de Goiás, fica o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.
É uma unidade de conservação conhecida pelos deslumbrantes desfiladeiros e formações de cristais de quartzo. No passado, a área chegou a ser intensamente explorada para mineração desses cristais.
A caça de animais silvestres também foi uma atividade que marcou a região, para a coleta de couro dos veados, antes abundantes. Mas a realidade hoje é outra. O parque existe para conservar o Cerrado para as futuras gerações.
O rio Preto cruza o parque e cria cenários incríveis: forma piscinas rochosas e quedas de água, algumas delas com mais de 100 metros de altura.

O parque abriga uma grande biodiversidade de animais e plantas, como as lindíssimas canelas-de-ema e centenas de árvores frutíferas. A vida selvagem se expressa também na rica incluindo lobos-guará, tatus, onças, tucanos, veados, répteis e anfíbios – sem contar uma infinidade de insetos.
O parque oferece serviços de transporte interno e acessos para pessoas com dificuldades motoras. Os mais ousados encontram também opções para rapel e escaladas. É pura adrenalina, bi!
Por Pousada Pariká
Jaime e Heverton, vocês merecem, muito esforço, dedicação e carinho pelo espaço, tão cuidadosamente preparado para receber a todos, todas e todes, parabéns!!!!
Beijos,
At.te
Pati&Tarcísio